Socorro, Minha Filha Cresceu!
Deparei-me recentemente com a aflição de uma mãe com a primeira menstruação de sua filha. Minha primeira pergunta a ela foi, como ela está? Me surpreendi com a resposta (“ela está super bem, mas eu, não!”) Diante disto, motivei-me a escrever algo.
Pensamos que menstruar pela primeira vez viria acompanhada de medo, vergonha e muitos questionamentos. No entanto, isso vem mudando ao longo de décadas! As adolescentes dessas famílias contemporâneas também mudaram!
Natural que esses medos e questionamentos aconteçam muito mais com os pais: ficam em dúvida, como agir com suas filhas e, o mais doloroso, perceber que a filha está crescendo. Isto se apresenta muitas vezes “desesperador“, porque também se conscientizam que as crianças entraram numa fase natural do seu desenvolvimento e estão crescendo.
A entrada da puberdade é uma etapa na vida da criança de transformações físicas (altura, peso, etc.) e ainda de transformações emocionais para a mãe e o pai. Uma angústia dos pais e (também natural de acontecer) a percepção assustadora de que sua filha não é mais criança, pelo menos fisicamente.
Algumas dores emocionais também ocorrem com os pais. Tais dores emocionais podem ser rápidas ou passageiras, outras, nem tanto. Essa impossibilidade de lidar com a angústia, desequilibra a mãe. Descobrir formas de buscar, reencontrar seu rumo, é fundamental. Faz parte do crescimento emocional desta mãe, passar por um “luto”, da fase anterior e um novo aprender na nova fase. Aprendizagem essa que envolve um novo pensar, sentir, agir e o nascimento de uma nova mãe, uma mãe agora de adolescente!
O importante é encarar com naturalidade, vivenciar esse “luto”, revestir a angústia silenciosa, vesti-la de coragem e força para demonstrar à filha segurança. E o interessar-se pela pessoa “adulta” que ela está se tornando. Ficarmos mais e mais conscientes que todas as fases do desenvolvimento de nossos filhos, tem seu brilho! Ela não é mais uma criança “fofa”, e sua dependência emocional vai cessando. Não é nada fácil uma nova postura, mas vale a pena brilhar junto à ela, a nova mãe de adolescente.
Nós, como pais, temos que nos adequar às mudanças que acontecem com nossas filhas, baseando nossa orientação à luz da realidade, a fim de auxiliá-las durante o tempo em que elas estão sob nossa guarda. Dessa forma, é nosso dever prepará-las para a vida mais tarde, quando elas passarem a enfrentar acontecimentos, dificuldades e incertezas que sempre as surpreenderão ao longo do caminho!